ARQUIDIOCESE DE SÃO SEBASTIÃO DO RIO DE JANEIRO
Ao diletíssimo filho, Mons. Pedro Omena, e a todos que lerem, graça e paz!
Considerando os fatos devidamente apurados e confirmados por testemunhas fidedignas, cumpre-me, como legítimo Pastor desta Igreja particular de São Sebastião do Rio de Janeiro, pronunciar-me diante da recusa do Revmo. Monsenhor Pedro Omena em concelebrar a Santa Missa de Ordenação Diaconal realizada na Catedral Metropolitana, no dia 2 de junho de 2025, às 20h.
T al ausência, injustificada e voluntária, representa uma grave ruptura com o princípio da communio hierarchica, especialmente em um ato litúrgico de importância central na vida da Igreja diocesana, no qual se expressa visivelmente a unidade do presbitério em torno do bispo (cf. Presbyterorum Ordinis, 8). Ao recusar-se a concelebrar, o prelado se afastou, de modo público e escandaloso, da comunhão eclesial, contrariando a exortação de São Paulo: “Esforçai-vos por conservar a unidade do Espírito pelo vínculo da paz” (Ef 4,3).
Por isso, como pai e pastor, dirijo ao Mons. Pedro esta advertência fraterna, convidando-o a renovar seu compromisso de comunhão com a Igreja local e a manter vivo o espírito de obediência e unidade, conforme prometido no dia de sua ordenação: “Prometes respeito e obediência ao teu bispo diocesano?”.
Peço, enfim, que este episódio seja ocasião de oração, reflexão e reconciliação. “Exortamo-vos, irmãos, em nome de nosso Senhor Jesus Cristo, que todos estejais de pleno acordo, e que não haja divisões entre vós” (1Cor 1,10).
Esta advertência, de caráter formal, será registrada em seus autos e arquivada na Chancelaria. Rezo ao Espírito Santo para que conceda ao Monsenhor Pedro o discernimento e a docilidade ao chamado à unidade e à obediência eclesial.
Dado e passado em nossa Cúria Metropolitana, aos 2 de julho do Ano do Senhor de 2025, sob o nosso sinal e selo.
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